Princípios de boa convivência
Nos dias atuais quando valores e padrões estão em mudanças é bom refletirmos um pouco para refazermos nossos princípios da boa convivência e de bem viver.
As melhores coisas na vida como o amor, a amizade, o respeito, o sucesso, a felicidade, dependem da nossa habilidade em criar e manter relacionamentos bem sucedidos e duradouros. É preciso exercitar alguns desses princípios fundamentais para crescermos enquanto pessoas e membros de uma comunidade.
São muitos os princípios que nos direcionam para uma vida de bons relacionamentos, tantos que nessa breve oportunidade vamos citar alguns poucos. É bom lembrar que nem tudo na vida é como gostaríamos que fosse. No relacionamento também. Algumas coisas em nossa vida são imutáveis, independem de esforço e vontade. É certo que na vida ninguém tem domínio total sobre todas as coisas. Não podemos controlar tudo, muitos acontecimentos que ocorrem não dependem de nossa competência ou habilidade.
Diante de conflitos é preciso aprender a lidar com nossas imperfeições e não culpar os outros pelo nosso fracasso. É preciso assumir a responsabilidade pelos nossos erros. Aprender a lidar com as frustrações é um passo importante para o crescimento e maturidade emocional.
É fundamental aprender a lidar com as diferenças, somos diferentes por isso somos especiais. Uma das maravilhas da criação de Deus é a variedade que existe entre os seres humanos. Somos todos igualmente criados por Deus à sua imagem, contudo não há dois indivíduos exatamente iguais.
A idade não é o único critério na avaliação do grau de desenvolvimento do indivíduo, muito mais importante são as várias dimensões da maturidade, emocional, social, intelectual e física. Maturidade significa o nível de desenvolvimento em que a pessoa se encontra, em comparação com a maioria das pessoas de sua idade.
Faz parte do processo de amadurecimento aprender a renunciar: abrir mão de nossa individualidade, opiniões, gostos, aprender a conviver, a servir.
Aprender a lidar com a sensação de injustiça e as frustrações que as acompanham. Muitas vezes essas sensações são frutos de vaidades e de atribuirmos importância exagerada aos fatos.
É preciso ainda, cuidar de nossa auto-estima, pois a base de uma vida e relacionamentos do ponto de vista psicológico é o amor a si mesmo. Quase todos os nossos problemas emocionais - ansiedade, timidez, insucesso nos negócios ou na vida amorosa, o caminho das drogas - têm sua origem na baixa auto-estima. É esse afeto por nós mesmos que nos leva a enfrentar os desafios da vida. É na hora da queda, dos fracassos, das perdas inevitáveis, já que somos humanos, que a auto-estima reflete sua face mais importante.
Precisamos aprender a valorizar o outro, viver e trabalhar em comunidade... Aprender a influenciar positivamente o ambiente no qual vivemos é obrigação de todos nós. Devemos ser cuidadosos no falar; não dar ouvidos nem espalhar fofocas, ofender, difamar ou magoar pessoas, falar o que não convém.
Aprender a lutar contra seus piores impulsos: a agressividade destrutiva, a crítica contundente, a intolerância, a ingratidão, o egoísmo, a falsidade, a deslealdade, enfim, tudo que for negativo para a boa convivência.
Evitar dividir o mundo, as coisas e as pessoas em categorias que se opõem: bom e mau, certo ou errado. Ninguém é perfeito, todos nós temos defeitos e qualidades. Intransigência, rigidez e radicalidade não levam a nada, só nos trazem culpa, ansiedade e angústia. A procura pela inteireza, conciliação entre os opostos e ausência de luta interna é o caminho pela paz, amor e felicidade. A virtude está no esforço do homem em se concentrar no equilíbrio.
Profa.Dra.Edna Paciência Vietta
Psicóloga Cognitivo-comportamental Ribeirão Preto