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Equilíbrio emocional: chave para o sucesso

Equilíbrio emocional: chave para o sucesso

                                                   

                                                      Equilíbrio emocional: chave para o sucesso.

Sossego, tolerância, paciência, calma e confiança são condições sempre em falta naqueles que apresentam problemas e que procuram ajuda psicológica. Dificilmente um paciente que procura ajuda emocional não reclama da falta que estas virtudes lhe causam no relacionamento familiar, profissional e social. “As queixas constantes são manifestadas por frases do tipo: “Não consigo tolerar meu marido”. “Não suporto trabalhar com o meu chefe”, “não tenho paciência com meu filho”; “Vivo estressado”, “Não tenho paciência com minha sogra”. “Estou prestes a perder meu emprego por falta de controle”.

Embora se coloquem como a causa e admitam a falta dessas condições, acreditam que o problema está sempre no outro, no marido, no filho, no chefe, na sogra, no vizinho, enfim, fora dela, nas coisas, pessoas ou situações. É lógico que o problema pode estar também na forma de reagir e se comportar do outro, mas é preciso refletir o que em nós produz a reação no outro. Na verdade, nossa paz interior depende primeiramente do conhecimento que temos dos nossos próprios valores, crenças, sentimentos e emoções, ou seja, da relação do sujeito com ele mesmo.

Equilíbrio emocional, tolerância, bom senso, nos levam a melhor entendimento. Agir com calma é agir com sabedoria. Tolerância sem bom senso pode ser um risco.

Segundo Leonardo Boff “Tudo tem limites, também a tolerância, pois nem tudo vale neste mundo... Há situações em que a tolerância significa cumplicidade com o crime, omissão culposa, insensibilidade ética ou comodismo”.

É preciso avaliar com inteligência quando uma situação pede intervenção imediata e firmeza ou, quando uma situação pode ser resolvida de maneira mais serena e tranqüila. Isto não quer dizer que devemos estar sempre em posição estável ou indiferente diante de circunstâncias desfavoráveis ou adversas, que o melhor é permanecermos na zona de conforto. Não significa que devemos nos conformar com tudo em nome da tolerância e paciência. Por outro lado, a conseqüência da falta de calma é uma mente agitada, ansiosa, inquieta. É lógico que, às vezes, temos que agir rápido para darmos conta de responsabilidades ou até mesmo para salvar vidas, mas agir com rapidez não é o mesmo que agir com pressa. A rapidez é ágil, a pressa é afobação, precipitação.

A Bíblia, diz em Isaías 30: 15 “.. na quietude e confiança reside vossa força...”.

É na quietude e na calma interior que conhecemos as grandes verdades da vida. Embora nem sempre seja possível alcançar este estado pleno  e que nem sempre este depende exclusivamente de nós a  verdade é que ele é extremamente importante para tomarmos decisões acertadas na nossa vida. Nosso equilíbrio emocional também dependente do conhecimento que temos dos nossos estados internos e da influência que estes têm sobre os nossos pensamentos, comportamentos e atitudes.

O homem pós-moderno tem sido estimulado emocionalmente mais do que qualquer outro da história humana, e em conseqüência disso, sua mente anda muito agitada e inquieta. O homem tem perdido a calma por muito pouco. Por motivos banais tem se tornado violento. “A excitação constante do sistema nervoso tem produzido pessoas extremamente “apressadas”, “inquietas”, “intolerantes”, impacientes” e “ansiosas”.

A relação entre o equilíbrio emocional e o sucesso está em saber lidar com as emoções nos diversos âmbitos da vida: afetiva, social, familiar, profissional e até mesmo financeira.

Estudos desenvolvidos nas universidades de Harvard, de Stanford e na Fundação Carnegie revelam que “15% das razões pelas quais alguém conquista um emprego, mantêm-se nele ou consegue uma promoção é determinado pela sua qualificação técnica. Nos demais 85% dependem diretamente do equilíbrio emocional – da habilidade para comunicar-se e relacionar-se com os outros, de manter-se calmo, ter tolerância, segurança, etc.” Especialmente nas empresas em que o ambiente se caracteriza por pressão e resultados, competitividade, convivência com diversidade e segurança, torna-se imprescindível saber administrar emoções.

Manter o controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo, consiste basicamente em saber lidar com as emoções. É enfrentar com tolerância os erros alheios e superar fatos imprevistos e/ou indesejáveis. É suportar as dificuldades de toda ordem e não perder a capacidade de confrontá-las e resolvê-las com sabedoria e tranquilidade. É a capacidade de ser perseverante, saber esperar o momento certo para tomar decisões, saber administrar a ansiedade, buscando o controle, o equilíbrio e a paz interior.

                                                                   Profa. Dra. Edna Paciência Vietta

                                                       Psicóloga Cognitivo-comportamental Ribeirão Preto