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Neurose e Psicose

Neurose e Psicose

                                          

Nosso objetivo em publicar artigos relacionados à temática psicológica tem sido o de compartilharmos conhecimentos científicos em linguagem popular, utilizada no cotidiano das pessoas, visando contribuir para informação e detecção precoce dos transtornos emocionais e mentais. Procuramos nos ater às questões que nos fazem no consultório, ou mesmo socialmente, para refletirmos e escrever procurando nos ater às dúvidas mais relevantes para esse entendimento. Percebemos a existência de muitas dúvidas sobre a diferença entre Neurose e Psicose, daí escolhermos para o tema de hoje esse esclarecimento.

Os sentimentos dos neuróticos são normais; eles amam, sentem alegria, tristeza, raiva, etc., como qualquer pessoa. É a quantidade desses sentimentos e a forma de reagir aos estímulos que são desproporcionais. Os neuróticos ficam mais ansiosos, mais angustiados, mais deprimidos, mais sugestionáveis, mais teatrais, mais impressionados, mais preocupados, com mais medo, enfim, eles têm as mesmas emoções que qualquer pessoa, porém, em quantidades que comprometem a sua adaptação. Assim, um neurótico fóbico, por ex, pode sentir intenso medo ante uma situação ou um objeto que ele saiba não representar nenhum perigo. Os neuróticos percebem e julgam a realidade como todo mundo, mas reagem a ela de forma diferente. Essa característica os distingue dos psicóticos, que exibem uma alteração do juízo de realidade. Diante de um compromisso social o neurótico reage com muita ansiedade, mais que a maioria das pessoas submetidas à mesma situação. Nessa circunstância a pessoa começa ficar muito ansiosa, em situação de tensão uma semana antes do evento. Num determinado ambiente (ônibus, elevador, avião, em meio à multidão, etc.) a pessoa neurótica começa a passar mal, achando que vai acontecer alguma coisa (desproporcional), ou passa mal só de saber que terá de enfrentar tal situação (sem causa aparente).

Assim sendo, neuroses são distúrbios leves com poucas distorções da realidade, porém tão desconfortável quanto qualquer outro transtorno mental, necessitando. portanto, de tratamento psicológico.

A neurose é sempre resultante de um conflito intrapsíquico, enquanto a psicose há uma disposição endógena ou constitucional.

Os sintomas mais comuns na neurose são: insatisfação geral, inflexibilidade de idéias, rigidez, problemas relacionados à área sexual, excesso de mentiras (mitomania); angustia, crises de choro imotivado, depressão, sintomas psicossomáticos, fobias, pânico, depressão, euforia, oscilação de humor, obsessões, compulsões, etc.

Já a psicose é um estado desequilibrado de funcionamento psíquico. O aspecto central da psicose é a perda do contato com a realidade, variando conforme sua intensidade. Quando a pessoa acaba recriando o que é real, inventando coisas que não existem no plano de entendimento social e que só a ele faz sentido, aí está a psicose no ser humano.

O psicótico vive em um mundo à parte, no qual ele interage com seres e objetos irreais, ao mesmo tempo em que se ausenta cada vez mais da realidade concreta.

As psicoses se definem pela perturbação do pensamento. Alguns sintomas desses distúrbios, por exemplo, nas esquizofrenias, se detecta alteração na percepção, desordem do pensamento, delírios (falsa realidade percebida, crença em conspiração), persecutoriedade (se sente perseguido, acredita que fontes externas controlam seus pensamentos), e alucinações (escutar vozes ou ter visões, onde estas não existem), afastamento da realidade, comportamentos estranhos e distúrbios da fala.

As psicoses geralmente necessitam de avaliação psiquiátrica e conduta medicamentosa - eventualmente internação.

Quando o paciente psicótico está fora da crise, tem condições de tomar conta de si mesmo, vivendo praticamente de forma normal, alimentando sonhos, expectativas, desejos, interagindo bem com os outros. Ao surtar, porém, ele pode se transportar para um universo só dele, fantasioso, no qual tudo é possível e as contradições convivem sem problema algum.

Hoje, existem eficientes alternativas de tratamentos, tanto em termos de abordagens psicológicas quanto psiquiátricas e medicamentosa para todos os transtornos, tanto neuróticos, quanto psicóticos, não havendo razão para preconceitos.

                                                     Profa Dra Edna Paciência Vietta

                                        Psicóloga ognitivo-comportamental Ribeirão Preto